O projeto de pesquisa objetiva analisar as percepções de educadores (gestores e professores) sobre as relações dos alunos com o saber e com a instituição, a título de superar a tese de handicap sociocultural. Trata-se de uma pesquisa que se situa no campo científico educacional, marcado por um tempo de profundas mudanças nas relações entre saber e agentes no campo educacional de escolas públicas no Brasil e França, ambas localizadas em regiões periféricas fortemente marcadas pela violência simbólica, produtora de clivagens nas trajetórias escolares de alunos, docentes e gestores escolares. Buscamos consolidar como resultados o estabelecimento e a ampliação dos debates em torno das relações entre o que dizem as pesquisas educacionais nos dois países e as realidades vivenciadas por educadores no interior das suas unidades educativas. Baseados em entrevistas semiestruturadas e na constituição de biografias coletivas perspectivadas na prosopografia, identificar e analisar se as práticas cotidianas guardam relações com a produção do conhecimento científico do campo educacional.
